O que tem de mais bonito na praia é a vista da serra atrás daqueles que ficam o dia todo encarando a imensidão no horizonte do mar. Enquanto tem gente que não vê a hora de chegar na praia para ver o mar e pular as sete ondas, eu, por exemplo, fico fascinado com as formações montanhosas que se formam ao longe. É tão... perfeito. Você anda quilômetros e quilômetros em uma beira mar e a forma das montanhas variam a cada segundo. Picos e morros, paredões e planaltos. É uma paisagem própria de papel de parede do desktop. Enquanto isso, o mar, eu não vejo muita graça nele. Tem-se algumas dunas pequenas cobertas de mato, uma linha reta de areia, e depois alguns metros de ondas e depois uma faixa azul que se estende até onde os olhos enxergam. Sinceramente, qual é a graça disso? Ver a imensidão do mar nunca foi desejo de ninguém. Os navegadores que ficavam encarando o mar faziam isso por que imaginavam as terras que teriam no horizonte. Hoje nós sabemos quais são as terras que estão no horizonte. Já inventaram o Google Earth para tal. De que adianta ficar olhando o mar sabendo que a África como diria o Vanuci , é logo ali!
O que passa na cabeça de alguém que passa o dia inteiro no PC, mas que passa o dia todo querendo sair. E que quando sai, passa o tempo querendo estar no PC, mas não na mesma intensidade quando na situação inversa. Dez dias na praia, muito tempo livre, muito menos coisas para fazer. Um computador com Word, alguns jogos meia boca, sem internet, e a tela falhando. Ipod com 542 músicas, colocadas em cima da hora, sem ter feito uma escolha selecionada música a música. Muita chuva nos primeiros dias, alguns vermelhões e bolhas nos pés de tanto caminhar de chinelo... Isso mesmo. Dez dias na praia para mudar a rotina entediante da cidade. A melhor maneira de passar o tempo, escrevendo. Que é o que farei, e estou fazendo sempre que não tenho nada para fazer. Essas são as memórias impostumas de uma mente insana consagrando o ócio. (olha que chamada bonita para o antigo blog hahahahaha) Longe do Twitter e da comunicação com o mundo, e quero me manter assim o tempo que conseguir. Escrevo para passar o tempo, e também para que não passe em branco esses dias de “férias”. Afinal que graça teria sair e não ter nada marcante para poder lembrar depois. Quem sabe até o fim desse passeio no litoral eu já tenho escrito um livro. Só depende de mim. Afinal não dizem que a vida é um livro aberto esperando para ser escrito? Acho que finalmente entendi o significado dessa frase. De nada adiantar seguir vivendo cada dia sem ter feito nada que seja realmente significante para lembrar depois. Sei que se eu fosse escrever o que acontece em cada dia, nos dias em que fico em casa no PC das 13h às 01h não teria muito do que falar. Mas quando tu sai e aproveita o mundo que tem ao teu redor, aí assim. Que nem diria o Mr.Pi, aaaaí está. Se a vida é um livro aberto esperando para ser escrito e somos nós os escritores, o que precisamos é inspiração, e a melhor maneira de encontrar a inspiração é tendo experiências. Experiências estas que só temos quando inovamos, abusamos, arriscamos, acho que a melhor palavra para usar é “aproveitamos”. E deve ser por isso que tenho estado tão inspirado nesses dias. Coisa que eu dificilmente estava tendo em casa, quem me segue no Twitter e lê meus twetts pôde perceber que por várias vezes estava com ‘pouca inspiração’. Mas me lembro das aulas de português em que a professora dizia que não precisamos de inspiração, nós temos inspiração. Só não sabemos como utiliza-la. Acredito que essas últimas frases saíram tão bem feitas graças à dobradinha que segue no Pijama Show, foram duas da Janis Joplin, duas dos Rolling Stones e agora duas dos Beatles. Tem como melhorar? Tem como se inspirar mais? A única maneira de saber é lendo o que se passa na cabeça desse que vos escreve. Siga lendo... ;)
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