Matéria sobre Rugby

A professora disse que não tinha expectativa nenhuma na turma (booaa!) mas o resultado final a surpreendeu devido a edição e a trilha sonora que deixaram a matéria dinâmica e boa de assistir... vai entender... quem gostou comenta no final do Post ;-) Tem os créditos de todo mundo no final do video

Eu e Meu Guarda Chuva



O trailer acima fala por si só. Um pesadelo (ou seria um sonho) no dia que antecede o primeiro dia de aula, em uma escola "assombrada" e muuuita viagem. Porém o bacana disso é que a viagem é tanta que não parece aquele filme infantil brasileiro que estamos acostumados, até a própria fotografia, trilha sonora, a filmagem, a história em si, sei lá, gostei do filme, diferente.

Assisti hoje quando cheguei mais cedo em casa, peguei 20 minutos depois que começou, mas com os quatro personagens principais já convenceu. Uma escola 'assombrada', um herói que tem um guarda chuva como arma e um fiel escudeiro gordinho que passa o filme com dor de barriga. Aah tem também a garota pelo qual o herói é apaixonado e que foi capturada pelo vilão. O vilão? Um professor do mal que faz aulas eternas! (as vezes lembra alguns professores por ai...) e o bacana também é que ele ensina fatos interessantes da história, da matemática, com respostas completas que deve ter sido um porre do ator decorar o texto.

Bem em resumo como é a viagem do filme: os personagens estão na escola indo atras da garota que foi capturada, dai aparece um guarda e pega o guarda chuva do personagem principal (até ai tudo bem). Eles perseguem o guarda até que - depois de fugirem da polícia - vão parar em um vagão de metro onde todas as pessoas são iguais ao guarda que pegou o guarda chuva (ai começa...) Eles continuam seguindo o guarda e vão parar em uma sala de achados e perdidos do universo (?). Quem os atende é o Arnaldo Antunes (?). Então eles vão se esconder no banheiro e quando abrem a porta estão dentro de um avião (aaaaanh?) Quando o avião pousa eles estão na Alemanha (???) E então pegam um taxi com o Leandro Hassum, que é a única pessoa na cidade que fala portugês (?). Os dois personagens principais entram no Museu do cara que leva o nome da escola (o vilão) e descobrem que um quadro é uma passagem secreta para a sala da escola onde os alunos estão fadados a estudar por toda a eternidade (tipo da Europa pra escola ao virar um quadro????) no fim há uma disputa de esgrima entre o vilão com sua bengala e o herói com o seu guarda chuva. Ao abrir o guarda chuva e empurrar o vilão - escada a cima? - o vilão entra no quadro de volta e as crianças estão livres. Depois de tudo isso o herói acorda e ve que tudo foi um sonho.

Viagem, herói, amigo engraçado, mocinha para ser resgatada, vilão. Tai uma formula que quase sempre da certa. Aaah vale comentar que o filme é baseado em um livro. Recomendo assistirem quando tiver passando ;-) ou irem atrás do livro.

E o próximo? Mutirão Regional Pioneiro! ;)

O que você faz da meia noite as seis? =) Hahahaha!

Ramo Lobo


Ramo Escoteiro


Ramo Sênior


O próximo? XXX Mutirão Regional Pioneiro \o/

Só mais um domingo...

... o último dos, aproximadamente, 940 domingos, ou seja, dos últimos 18 anos. Se eu errei a conta, desculpa eu faço jornalismo. Para quem ler esse post até a próxima sexta-feira, dia 30 de setembro, é possível ouvir o que estou escutando enquanto escrevo, BBC Radio 1.

Então, esse é o último domingo dos últimos 18 anos, digo isso porque na próxima sexta-feira, dia 30, faço 19 anos. Yeeh parabéns pra mim! Enfim, o que me fez vir escrever foram dois fatores, a vontade e a necessidade de escrever. As vezes se tem tanta coisa na cabeça - a maioria dispensável - que acabo me obrigando a vir aqui na Penseira Virtual, é como acampar, pode até ser desconfortável, mas sempre, repito, sempre vale a pena. E para quem gosta de escrever é sempre assim, começa de um jeito e no final tu acaba se sentido diferente de quando começou. Mas confesso, muitas vezes tento entender o que é o Blog: é para mim? para quem lê? Esse é um daqueles posts que se fosse separar nessas duas "categorias" definiria como 'para mim', portanto se você não tem interesse em saber sobre o que está passando na minha cabeça ou o que pode estar escrito após o vídeo abaixo, pode sair do blog e ir fazer algo melhor da sua vida. Não estou dizendo para ir embora, mas com certeza você deve ter outra coisa melhor a fazer do que ficar revisando meu português para ver quantas frases eu escrevo com você ou com tu, sempre me referindo a você, ou a ti, caro leitor. Só te adianto um detalhe: não tente me entender, nem eu consigo.


Bom, já que você é uma pessoa com tempo livre e curiosa por saber o que se passa na cabeça alheia, bem vindo! =) O porque do vídeo acima? Na verdade nem eu sei. Dá a impressão de que tá tudo numa merda e ao terminar esse post eu vou cometer suicídio. Mentira. Já to deitado com o note em cima das pernas, fones ligados e escrevendo... não saio daqui por nada. E mesmo que estivesse em pé digitando da sacada de casa, não iria cometer suicídio, até porque isso seria muito estranho uma pessoa em pé numa sacada digitando com uma mão e segurando um note com a outra durante uma hora. Esse vídeo - além de muito bem feito - faz pensar que realmente, o mundo ta uma merda. Há quem diga que não devemos nos influenciar com o que vemos na mídia, não devemos deixar que outras pessoas digam o que devemos fazer ou como devemos agir. Nesse caso então digo que o vídeo está ali não para fazer a minha ou a sua cabeça, mas está ali porque concordo com o ele diz. É como um RT, depois que você o fez, não adianta dizer que a opinião é da pessoa que escreveu, é sua também.

Sério vocês não tem noção da dificuldade que estou em ligar os parágrafos, eu sei o que eu quero escrever, mas não sai o filho do útero, entende?

Continuando... o mundo ta uma merda, mas isso também não é motivo para largar tudo e ir viver de trabalho voluntário na África ou em uma colônia de pinguins na Patagônia. Não é, né? Ontem eu comentei isso em uma conversa com o @samuelmcqueen e agora pensando é uma ideia tão estúpida a ponto de ser ridícula, mas que eu toparia na hora. Se lembra que antes falei que não levanto daqui por nada, então... se agora entrar alguém pela porta do quarto e disser: "Gabriel! Arruma tua mochila que estamos indo pra África (ou qualquer outro lugar do mundo) e tu não precisa se preocupar com nada, partiu!" Ai sim eu levanto daqui, já tenho até metade da mochila pronta (sim, tenho uma das mochilas de acampamento semi-pronta para qualquer momento). 


Então, nos três minutos que levei para colocar o vídeo aqui, assistir e fechar o navegador por engano, não apareceu ninguém aqui me dizendo para levantar e partir para algo emocionante. Portanto, continuo por aqui... Sabe, essa é uma das 'coisas' (já disse o quanto odeio essa palavra? então leia aqui) que mais tem passado na minha cabeça: o continuar aqui. Não que eu queria largar tudo e minha vida seja uma merda e eu não tenha nenhum motivo para continuar 'por aqui', mas né tudo tem seus prós e contras. Admito existem muito mais prós do que contras, sem dúvida nenhuma. Porém, é tudo tão igual, ou a culpa é minha mesmo e eu não quero admitir isso pra mim mesmo. Sei lá, é como se a pergunta mais difícil do mundo fosse o Cérebro perguntando ao Pink "o que vamos fazer hoje". E a única resposta, para todas as perguntas do Universo fosse: "Vamos dominar o mundo", ou o mais nerds diriam "42". E para mim, quando me faço essa pergunta a resposta é: "o mesmo que fazemos todos os dias, seguir a rotina" - que não é dominar o mundo. Hoje por exemplo, esse fim de semana num todo. Sábado pela manhã: trabalhar, continuar editando um casamento, ter umas instruções de filmagem com as câmeras fotográficas, não digo que editar casamento seja o que eu mais amo, muito menos o fato de ter que trabalhar no sábado, entretanto trabalho fazendo o que é meu divertimento - fazer vídeos - e com equipamentos que sei que poucas pessoas sabem lidar, pensando assim, não tenho nada o que reclamar. Só o fato de trabalhar no sábado... difícil mudar a rotina dos últimos nove anos.


No sábado a tarde o que eu mais amo, ir para atividade escoteira. Chegamos mais cedo, limpamos a sala do Clã, durante a tarde fomos ver da cozinha para o Mutirão Pioneiro e depois fomos testar a cadeira ejetora para o Acampamento de Integração. Infelizmente, na melhor hora, tive que sair mais cedo para ir trabalhar, (entendeu porque não gosto de trabalhar no sábado) mas já que o escotismo não paga minhas contas, só cria novas hahaha, vamos ao trabalho. Filmar um casamento na Igreja de São Pelegrino, 1 hora e meia de bastante tensão, revisar bateria, cartão de memória, luz, abertura da câmera, foco, velocidade, enquadramento, nada pode sair errado, afinal a pessoa só casa uma vez, não filmou direito perdeu. Porém, assim como a filosofia escoteira diz, é aprender fazendo, cada vez me sinto mais seguro quando estou filmando. Exceto quando estou caindo de sono e esqueço de apertar REC e perco a noiva jogando o buque para trás durante a festa (isso aconteceu semana passada às 04h00 de domingo). Saio correndo da igreja e vamos para o aniversário de 10 anos da minha prima em uma pizzaria. Momentos ótimos com a família e a comida melhor ainda. Volto para casa, show do Snow Patrol no Rock in Rio e dormir porque o dia foi cansativo. Algo de ruim? Trabalhar - muito bem obrigado, muita gente nem emprego tem, escoteiros - a semana toda esperando pelo sábado e lá estavam as 100 pessoas da segunda família todas felizes em suas atividades, trabalhar - porque é sempre bom ganhar um extra no fim do mês, janta com a família - para terminar bem o dia, show de banda britânica - sotaque, música boa e um ótimo fim de noite. Reclamar de algo e dizer que o mundo está uma merda é atestado de babaquice, vejamos se até o fim desse post eu mereço ou não...


Nesse momento a trilha do Ready For the Wekeend acabou, então vamos de BBC Essential Mix Calvin Harris, que pode ser ouvido eternamente aqui. Hoje, domingo, acordo 12h15, vou direto para o almoço com toda família na garagem em casa com um belo churrasco de aniversário. Termino de comer vou para a rede, ligo o note, 3G e fico embaixo das árvores ouvindo música e na internet por aproximadamente umas duas horas. Como se não tivesse nada para fazer tipo trabalhos da faculdade, projetos escoteiros e assim por diante... No meio da tarde vou ver TV, um pouco de música, seriados, documentários e por fim decido por terminar de assistir The Inbetweeners, uma série que descobri duas semanas atrás e já terminei de ver as duas primeiras temporadas. Então chamam para cantar o parabéns para minha prima, comer a torta, doces e salgados. Volto ver TV e ficar no computador. Janta assim como foi o almoço. Retornar a rotina da TV e internet até o momento de twittar: "Aquela hora em que tu para e pensa no que fez durante o dia e fica em duvida se foi um domingo útil ou não. Foi bom, mas. Resta dormir. Até!"


E realmente, o mundo está uma merda, mas depois de um fim de semana como esse, será? O que me fez vir escrever tudo isso - que não deve ter feito sentido nenhum para você (lembra, post 'para mim')  - foi querer parar e refletir "o domingo foi bom, mas". Nessa hora pesam os prós e contras de tudo o que falei. Foi bom, mas podia ter sido melhor, não? Lembra lá do primeiro vídeo? Crie, Produza, Invente. Quem sabe seja essa... essa... essa... não encontro palavras para definir... mas essa 'coisa' de ter que ir deitar pensando no que fez ou deixou de fazer no dia de hoje e principalmente, no dia de amanhã. Por ter sido um fim de semana tão pacato, normal, calmo, sem graça (?), comum, mas ao mesmo tempo foi divertido, engraçado, familiar, onde mesmo sem ter feito nada de impressionante como escalar uma montanha ou se jogar em um açude e sair coberto de barro, rendeu muita história para contar. Se não muita história ao menos um post no blog eu tenho certeza. Vou começar a semana amanhã - ou melhor dizendo, ela já começou pois são 00:08 da minha última semana dos primeiros 18 anos - com muitas coisas na cabeça que deveria ter feito no fim de semana e não fiz. Não fiz porque passei o dia comendo, vendo TV e na internet. E agora o atestado de babaquice por reclamar está sendo encaminhando pelos correios, vai demorar para chegar já que estão em greve... Eu disse, mesmo que eu tivesse um irmão siamês que tivesse os mesmos pensamentos que os meus, ele não me entenderia. Na verdade acho que ninguém em sã consciência entende ninguém e nem a si mesmo. Seres humanos são complexos porque não querem admitir que todos são iguais, ou normais, anormais, sei lá.


A que ponto quero chegar? Olha, sempre que começo um post em blog essa é a pergunta inicial. Eu sei por onde quero começar, o final é consequência do que escrevi. Por isso escrevo - e não só eu, mas acho que todos os que têm blog e gostam de escrever - é como se o fato de escrever fosse uma extensão do que passa na tua cabeça, e tendo isso escrito fica mais fácil entender a ti mesmo. Ou seja: a que ponto quero chegar? Quero tentar entender porque essa inquietude de 'estar aqui', 'ficar aqui', essa vontade cada vez maior de descobrir o mundo, sair da rotina, viver mais e se desprender dessa normalidade de um dia depois do outro. Sinto que vou chegar num dia em que vou parar e olhar pra trás e pensar: "baah... fiz ontem o mesmo que fiz mês passado, que foi o mesmo da semana passada, e vai ser o mesmo que farei semana que vem". E o pior é que isso não é só para mim, porque no final das contas todo mundo, até mesmo você que está lendo até aqui (não sei como... o.O) também deve pensar nisso as vezes. Qual a graça de viver a mesma vida que todo mundo? trabalhar, estudar, vir para casa, ver um programa de tv preferido, ficar com sono, dormir, acordar, trabalhar, estudar, vir para casa... Pode até parecer exagero o que vou falar agora, mas o que salva tudo isso é a internet, ao menos pra mim. Já que não posso durante a semana largar o trabalho no meio da tarde e ir para o Ninho das Águias ou qualquer outro lugar do gênero, a internet está ali para fazer com que se fuja um pouco do que é comum e se descubra coisas novas. Um espaço para criar, produzir, inventar, escrever, rir, tudo no conforto de casa, deitado na cama, com fones de ouvidos ouvindo sua música preferida. Nada disso supera o fato de estar pessoalmente, junto com outras pessoas, fazendo tudo isso. Não estou falando que prefiro a internet a 'vida real', mas chegou ao ponto em que tudo se misturou e um complementa o outro, não tenho como fazer isso agora pois todos estão em suas casas, dormindo ou quase, preparando-se para amanhã entrar na rotina da semana e vivermos nossa vida real/virtual até que chegue o fim de semana e por ai vai... Entende onde quero chegar? Até que ponto vale fazer o mesmo de sempre com um mundo enorme que existe a ponto de pararmos e pensar o quanto já conhecemos, o quanto já caminhamos, o quanto aproveitamos. Tem gente que chama isso de crise existencial, outros de inferno astral, outros de questionamentos sobre a vida. Eu diria que é a última opção. Filósofos faziam isso não é mesmo, não que eu seja um filósofo, mas no fim todo mundo tem a capacidade de pensar e refletir sobre o que faz da sua vida. Hoje achei um bom momento para fazer isso. As vésperas de fazer aniversário, no final de um fim de semana ótimo, onde passei maior parte do tempo sozinho - mesmo estando em casa - e que no final vai ser lembrado graças a esse post. Da play no vídeo abaixo e continue lendo o último parágrafo...


Essa música meio que representa o que sinto atualmente... seja a letra ou a própria música. Uma vez detestava música eletrônica, hoje é o que mais escuto. O motivo acredito que seja pela diversidade de sons, barulhos, ruídos, do tipo quando não quero pensar em nada. As vezes vai ouvir alguma música e dai fica prestando atenção na letra e tudo parece indireta, direta, enfim... ou então fica tentando achar o baixo, a guitarra, a bateria, e com música eletrônica, ergue o volume e é como se tudo ao redor sumisse. É bom! =) Essa música em especial ela começa 'normal', calma, vai aumentando a intensidade, a letra vai criando um sentindo - ao menos pra mim - da aquela parada antes do refrão "who's gonna save the world tonight? who's gonna bring me back to life" e entra o refrão em que fica só no OHOHOHOHO e a pergunta fica rebatendo na tua cabeça "quem vai salvar o mundo esta noite? quem vai me trazer de volta à vida?" e então ela para, refaz a pergunta e a letra continua "where are far from home, it's for the better. What we dream, it's all that matter. We are on our way" que é exatamente aquele pulga que tenho desde o início do ano, essa coisa me incomodando de estar aqui, quando na verdade - como diz a música, gostaria de "estar longe de casa, para o melhor, o que sonhamos é o que importa, nós estamos no nosso caminho". Sei que não estou salvando o mundo hoje, mas em 18 anos de vida não tenho nada do que reclamar, nunca fez tanto sentido a expressão reclamar de barriga cheia. Essa inquietude é a idade, disso não tenho dúvidas. Espero que no décimo nono ano eu tenha muito mais histórias para contar, cada vez melhores, mais distantes e emocionantes. E para terminar definitivamente, posso não estar salvando o mundo hoje, mas sei que estou mudando ele, com um pequeno passo de cada vez...


I'm changing the world today, the world today. With a small step forward
and it's the simplest way, we can start today crossing lines and borders
And the change in you, means the world is changing to

E se leu até o final - o que duvido que muitos farão - deixe um comentário pelo menos! Foram 3 horas escrevendo... e como disse no início, valeu a pena, começo a semana com sono e tarefas pendentes. Porém aquele twett de boa noite de que o domingo foi bom, mas... depois de terminar esse post retiro o 'mas'. Ele foi bom, muito bom, ponto final.

Rap do Reporter

Para todos jornalistas e estudantes de jornalismo, e para quem passava o final da tarde / inicio de noite sonhando em ter um quarto com uma passagem secreta para uma sula suuuper tecnologica


Cruj! Cruj! Tchau!

Cigarro em atividade escoteira: liberar ou não?

E lá vamos nós para mais um post polêmico sobre escotismo. Cigarro em atividade escoteira: liberar ou não? Confesso que fiquei muito em dúvida antes de escrever esse post, mas percebendo que estava sozinho ao defender o ponto de vista de proibir o dito cujo das atividades, penso que é interessante expor ambos os lados e fazer com que a discussão ganhe novos adeptos e possamos chegar a um consenso amigável do que é certo ou errado nessa questão. Se alguém ficar brabo comigo... é a vida... mas não vou falar nome de ninguém. Em tempos de Fórum Pioneiro, discutir o futuro do ramo e afins, uma boa discussão sempre vale a pena.

Tudo começou assim...
Para organizar o MutPioRS, fiz um informativo do evento seguindo os mesmos padrões dos informativos da UEB para grandes atividades como Jamborees (no caso utilizei o informativo do V Jamboree de 2012). Eis que há um item que fala sobre Fumo e consumo de bebidas alcoólicas. No informativo do Jamboree está escrito o seguinte: será permitido fumar em áreas pré determinadas e expressamente proibido consumer bebidas alcoólicas em todas as áreas do Jamboree.

No do MutPio mudei e coloquei como expressamente proibido fumar e consumir bebidas alcoólicas em todas as áreas do Mutirão. "Na minha opinião", fumar faz mal, não condiz com a imagem do Movimento Escoteiro, e assim como a bebida alcoólica, deve ser proibido das atividades escoteiras. Porém, como a organização do evento conta com mais umas 40 pessoas, fiz o questionamento na lista de emails sobre o que o pessoal achava disso para que todos pudessem opinar e chegarmos a um senso comum, já que eu havia sido questionado anteriormente sobre o fato de estar escrito sobre a proibição do fumo em atividades escoteiras, especificamente no MutPio.

Tomo a liberdade de citar algumas respostas a favor da liberação - contra sou só eu pelo visto - e até mesmo de concordar com elas.

Sobre o Bom Senso: Muitos falaram sobre o "bom senso", que devemos contar com o bom senso das pessoas em saber a hora e o lugar certo para fumar. Sinceramente, eu não confio no bom senso das pessoas. Lembre-se que segundo o "bom senso" de alguns chefes, em uma atividade regional as colheradas eram racionadas na hora das refeicões e o que se viu foi gente com fome, ao invés de comida faltando...

Area pré determinada: Sim, sabendo que estou sozinho nesse caso, concordarei com a maioria e faremos a tal da área pré determinada para fumantes. Afinal, a liberdade de um termina onde começa a do outro (ou algo do gênero). Porém, para mim, áreas exclusivas não passam de um meio de separar as pessoas, expor diferenças culturais entre as mesmas e um símbolo de acomodação diante um assunto. Vejamos por exemplo uma área vip em um show, uma fila de PA e SUS e porque não as áreas para fumantes em restaurantes... divide-se as pessoas, expõe-se as diferenças entre as mesmas, e deixa cada um quieto no seu canto.

E para terminar, uma parte grande pois envolve o que disse Baden-Powell

O que diria Baden-Powell? Dentre as opiniões havia uma citação de BP "É perigoso proibir algo aos jovens. Isso imediatamente excita-os a fazer justamente o contrário do que lhes foi determinado" (Baden-Powell, Guia do Chefe Escoteiro) E isso é verdade... Quantas vezes o chefe diz: "não se pendura nessa árvore" e quando tu vê já caiu no chão... ou então "não atravessa essa cerca" e quando percebe tu já está com um corte no braço... acontece. MAAAAS, para ficar no mesmo assunto também citarei Baden-Powell. 

Escotismo para Rapazes - Capitulo VI Dando Resistência aos Escoteiros 
Conversa de Fogo de Conselho número 18, Hábitos Saudáveis.

O Fumo

"Todo o escoteiro conhece a Lei Escoteira. Mas há um artigo extra na lei que não está escrito, mas que todo escoteiros compreende bem. É o seguinte: "O Escoteiro não é bobo", e é por isso que os Escoteiros não fumam enquanto ainda estão crescendo. Qualquer rapaz pode fumar - não há nada de extraordinário ou difícil em fazê-lo. Mas um Escoteiro não o fará porque não é bobo. Sabe que quando um rapaz fuma antes de ter completado sua frase de crescimento pode ficar com o coração fraco, e o coração é o orgão mais importante no corpo de um rapaz. [...] 

Qualquer escoteiro sabe que o fumo prejudica o olfato, e que o olfato é de grande importância para quem faz a exploração no serviço militar como esclarecedor ou sentinela. [...] Nenhum rapaz principia a fumar por que goste, mas geralmente porque, ou receia ser ridicularizado pelos outros rapazes por parecer  ter medo de fumar, ou porque pensa que fumando irá parecer mais homem, mais adulto - quando na verdade só consegue parecer o tempo todo um pobre imbecil.

Portanto tome a resolução, por sua livre e espontânea vontade, de que não tenciona fumar até que seja adulto, e cumpra o que resolveu. Essa atitude firme, essa deliberação consciente, mostra que você é muito mais homem do que se andar por aí com um cigarro meio fumado entre os lábios. Os outros rapazes o respeitarão muito mais, e provavelmente muitos deles imitarão secretamente sua atitude".

Como podemos ver, BP em nenhum momento proibi o escoteiro de fumar, exceto quando jovem. Ou seja, na minha interpretação, ao fazer 18 anos, tornar-se de maior, adulto, o escoteiro pode fumar. Então, seguindo as palavras de BP, eu estou errado em ser a favor da proibição do fumo na atividade. Deve ser liberado e ponto final. OK! Agora leia o último parágrafo: "essa atitude firme - de fumar depois de adulto - mostra que você é muito mais homem - parabéns! - os outros rapazes o respeitarão - claro, afinal você esperou até ser "adulto" - e provavelmente muitos deles imitarão secretamente sua atitude" - e é aí que está o problema!

BP cita como exemplo o fato do adulto fumar e isso influenciar o jovem no caso dele pensar "olha meu chefe fuma, mas só porque ele é adulto". Agora sejamos sincero, hoje em dia isso não acontece, se um escoteiro vê o chefe fumando não vai ser essa a ideia que ele vai ter. Quantos ai nunca viram/ouviram/'brincaram' de fumar sizal? Não se faça de burro que com certeza tu deve estar rindo nessa parte do texto. E quando falo 'chefe', volto a falar também no Pioneiro, que com 18 anos começa a fazer atividade com as tropas, dar atividades para os lobos, escoteiros e auxiliar dentro do Grupo e fora dele.

Qual a imagem que o lobinho, escoteiro, senior tem dos mais velhos dentro do Grupo? Os mais velhos são vistos como pais, irmãos, a grande família escoteira, o que somos é - queiramos ou não - EXEMPLO para os mais novos. Já parou para pensar nisso? Já parou para pensar o que representa o fato de estar fumando durante a atividade escoteira? Não é possível passar UMA TARDE, DOIS DIAS sem colocar um cigarro na boca, pensando sempre no exemplo que você passa para os mais jovens?

Qual a imagem que a sociedade tem do escoteiro? Tirando as pessoas que desconhecem o que faz o escoteiro, aqueles que sabem o que representa o movimento, sabe que o escoteiro aprende disciplina, valores, a ajudar o próximo, respeitar o meio ambiente, a ser uma pessoa melhor. E agora me diz: é bonito, é bom para a imagem do movimento ver escoteiros bebendo e fumando sem parar no centro da cidade em pleno desfile de sete de setembro? (então... já vi isso). Agora coloque-se como participando de uma atividade social em diversas partes da cidade - no caso o Mutirão - em bairros carentes, que normalmente possuem famílias desestruturadas por causa das drogas, da bebida, e que o Pioneiro que vai lá fazer a atividade social é um EXEMPLO, para todas as crianças que vão lá participar das bases de recreação e ver o que fazem os escoteiros que estão reformando a sua escola ou creche... essas crianças passam a semana toda em meio a uma realidade de drogas, bebida, problemas sociais, e no fim de semana, quando veem - digamos assim - um "salvador", uma "esperança" para a sua vida (nós pioneiros que estamos servindo a comunidade para um mundo melhor) pegamos um cigarro do bolso, colocamos na boca, mas como somos adultos, inteligentes e espertos, não há problema nenhum em associar a imagem do movimento escoteiro à realidade tão ruim que é a dessas pessoas. Será?

Não sejamos hipócritas, de nada adianta ensinarmos aos lobos e escoteiros a cuidar da saúde, dizer para eles lerem o Escotismo para Rapazes, e durante as atividades ver pioneiros e chefes fumando achando que isso não tem problema algum. Quando escoteiro via Chefe fumando no acampamento, agora me diz de que adianta ir para o meio do mato aproveitar a natureza com o fedor de cigarro ao redor? Quando sênior cheguei a construir fogão lado a lado com um Monitor que fumava! A chefia falou com ele e por incrivel que pareça ele se achava na razão!!! Não estou martirizando que fuma, não é isso que eu quero. Se tu quer fumar, estragar tua vida e acha que isso é legal, problema é teu. Foi-se o tempo em que fumar era status e vinha estampado em propagandas com mulheres, cavalos e carros, não é a toa que hoje as carteiras vêm com imagens de pessoas com câncer, feias e envelhecidas. Somos Escoteiros, mas somos pessoas normais, que bebem, fumam, xingam, não somos robos perfeitinhos e chatos como alguns pensam por ai - talvez seja essa a grande dificuldade em atrair novos membros - mas será que não é possível viver um fim de semana sem esses vícios? Em prol do escotismo. Não falo isso apenas pelo MutPio, mas pelo "bom senso" em todas as atividades escoteiras, sejam elas Jamborees Mundias com área pre determinada, acampamentos regionais, bivaque com a alcatéia ou a simples atividade de sábado a tarde.

O que eu quero tentar entender depois de tudo o que falei é: 
Cigarro em atividade escoteira? liberar ou não?
Deixe seu comentário abaixo.

Mais um Projeto Escoteiro \o/



Os Pioneiros dos Grupos Escoteiros Baden Powell, Barão de Teffé e Moacara te convidam para seguir o twitter do @26Distrito. No dia 06 de agosto será lançado o novo site e vários outras novidades que vocês irão descobrir no decorrer do mês de julho!

Mas para estar sempre alerta de tudo o que vai acontecer, é só seguindo o @26Distrito no twitter! Então te liga, nos segue no twitter e interaja conosco!

Sempre Alerta para um mundo com cada vez +Escoteiros!

Em 2007...

No São Carlos. O video nao ta aquela maravilha, mas da pra ver legal ;)
@camiruzzarin @yasborges @verofiamenghi

Show do McFLY em Porto Alegre!

Os dois primeiros videos do show do McFLY! =D As músicas não estão na ordem do show. Tem mais dois indo pro Youtube...

Parte1
Star Girl, Five Colours, Lies, Smile


Parte2
Falling in Love, Broccoli, All About You, Obviously


Parte 3


Parte 4

Organização ModeOn

As vezes paro para pensar que devia parar de pensar. São muitas ideias. Porém, pouco tempo para colocá-las em prática...

Reggaetoon!! (cuidado, vicia)

Aviso: Veja todos ate o final, vale a pena! Ou pelo menos chegue nos ultimos 2!

1.Os clipes abaixo possuem alto nivel de alegria e sorrisos e depois de certo tempo voce vai cansar de tantas pessoas sorrindo e vai querer que elas parem de se mexer.

2. Nao sei o motivo, me ajude a descobrir porque eles dançam O TEMPO TODO! EM QUALQUER LUGAR! QUALQUER MOVIMENTO!

3. Voce vai conhecer algumas das musicas e lembrar de ja ter dançado...

4. Semelhança com Restart, coincidencia.

Bandido Ban Ban
Detalhe para o spanglish, me faz sentir um poliglota. E para o passo de dança aos 30seg.


Essa tu conhece. E segue a letra, voce que esta feliz, nao te preocupa e levanta as maos.


La vem o Tchan.


Aaah meu porque ele fica rebolando encostado numa arvore???


Seguinte, quem dança enquanto pede carona? Usando calças verde e amarela? E qual locaçao melhor do que um trilho de trem e um deposito de conteineres, heein? Pra um filme de perseguiçao quem sabe...


Esse eh pra quem gosta de quadrinhos e, novamente, de danças nas arvores. Eles nao cansam nunca de se mexer?


Eles saem do taxi dançando... Indiana Jones mode on. Os passos com os soquinhos no ar ainda nao tinham aparecido, 30s.


Reggaeton eletronico futurista!


Esse com certeza um dos mais bizarros. Eles dançam pelados e tem escritas em chines no clipe. Maneira criativa de conquistar fas orientais.


Segundo o Youtube esse video eh improprio para menores de idade.


Essa tu conhece. Vai dar play e começar a mexer a cabeça, tenho certeza. O Clipe? Dois homens a deriva em uma canoa, um deles com uma gaita e um sem camisa. Enquanto isso na piscina belas moças de biquini... Aah tambem tem cenas na cama. Foi filmado no Brasil, hm... explicado.


Depois dos shows ele ficava quantos dias com dor nas pernas?????


Cumbia!!!


Cara, eles fizeram um clipe com as filmagens das ferias de verao certo??? Eles tao sempre dançando mesmo, a vida deles deve ser um videoclipe se duvidar!


Ele deve se divertir muito gravando esses clipes.



Aahaa! Primeira musica que tem uma versao brasileira, mas calma, essa nao eh tao marcante quanto as duas proximas!

Essa aqui quem nao conhece deve ser porque tem menos de, sei la, 10 anos. E essa musica me lembra musica escoteira hahaha! Danças estranhas, maraca, levanta a mao, mexe a cabeça, pescoço... so quem for pra entende do que to falando.

E para terminar UM CLASSICO!! CLIPE ESTRANHO! E AINDA FALAM DA LADY GAGA! Ergue o volume, essa musica da pra cantar junto! ;)


Quando precisarem contem comigo. Proporcionando cultura ao seus ouvidos! Comente abaixo!

Intercâmbio =D

Não lembro bem quando foi, mas teve um dia em que coloquei na cabeça “vou fazer um mochilão”. Junto dessa ideia também havia a opção “vou fazer um intercâmbio”. Sempre tive um país preferido, uma região em especial, um interesse extra além do estudo em determinado lugar. Nova Zelândia é legal, estudar inglês com aquele sotaque britânico feio, ir para um país lá no fim do mundo, com praia, cidades bonitas, montanhas, quem sabe procurar um Hobbit nas florestas. Londres, aah Londres, capital da Inglaterra, castelos medievais, música, Hogwarts, Baden Powell... tantos motivos me fazem querer ir para Londres... Já tem aqueles que gostam de dizer que foram ao centro do Universo, Nova York. Visitar a loja da Apple, Times Square, Estatua da Liberdade... ou então que seja um passeio rápido, mas um mochilão que passe por Lisboa, Madri, Roma, Berlim... Dar um pulinho na África, visitar as Pirâmides, fazer um Safári, tomar um banho de chuva no sul da África do Sul... E falando em Sul do Sul, um dos lugares que esteve na minha cabeça nas últimas semanas foi a Patagônia. Ushuaia (acho que é assim que se escreve) a cidade mais ao sul do sul do mundo. Navegar pelo Estreito de Magalhães, subir de volta pelo Chile, visitar os Andes, voltar pelo norte da Argentina, Paraguai, fazer trilhas no Pantanal. Seguir para o Norte, chegar na Amazônia, subir o Monte Roraima, chegar ao Mundo Perdido de Conan Doyle... tantas idéias, tantos lugares, e pensar em fazer isso antes que a natureza ou o próprio ser humano acabe com tudo. Não faltam inspirações, motivos e vontade. Porém tem que pensar em faculdade, família, grana... Se bem que sou muito aberto a ideias como colocar uma mochila nas costas, saco de dormir, barraca e andar. Desde os nove anos acampando, dormindo no chão, comendo refeições um tanto quanto duvidosas e com esse espírito de fraternidade mundial que sei que onde encontrar um Escoteiro sei que tenho com quem contar; me fez ter mais vontade ainda de largar tudo e sair por ai, ser um cidadão do mundo.

Mas a questão não é essa.

Foi numa quinta-feira, quando no trabalho, por meio de um RT – viva as Redes Sociais - fiquei sabendo de uma vaga de intercâmbio em uma Universidade fora do Brasil. A instituição paga tudo, eu gastava com passem e documentação antes de ir. O resto – alimentação, acomodação, transporte, ou seja, necessidades básicas e diárias – a universidade pagava. Para onde? Necessariamente não importava, apenas pelo fato de viajar, trabalhar e morar fora do país, sem ter esses gastos já me interessei. O local: Bogotá, capital da Colômbia. Função: Estágio de Comunicação na Universidade de lá (LCI). Trabalhar em: Mais ou menos o que eu fazia na Agência na UCS. Trabalhar para a faculdade produzindo textos, fotos, organização de arquivos de jornal, fotografia, que se de bem em trabalhos multimídia – radio, tv, impresso, online – ajuda em eventos, que goste e saiba trabalhar em equipe. Enviei o Currículo com a experiência da Agência da UCS, Jornal, Produtora de Vídeo, Festa da Uva... e cruzei os dedos. Na sexta-feira, uma semana depois, me ligam confirmando que, entre três candidatos, fui o escolhido.

Nunca passou pela minha cabeça ir para a Colômbia, mas hoje em dia, cinco dias depois da confirmação, minha cabeça não sai de lá. Procurei o endereço da Universidade no Google Maps e fui olhar a região. A impressão que tive é de que é um Bairro bacana, com Bibliotecas, museus, igrejas, órgãos governamentais... e ao lado um Parque Natural de Preservação do Governo. Não preciso nem dizer que para mim isso é algo que faz muita diferença! E daí você teve ter pensado Colômbia – drogas, FARC, pobreza, país subdesenvolvido da América Latina – ok, pode estar certo. Porém antes disso lembre do Festival Mundial de Teatro, Praias do Caribe, Sistema de Transporte exemplar para o resto do mundo... Tudo tem seus prós e seus contras, mas como tudo no mundo as pessoas só lembram do contra. Não me surpreenda que se um dia alguém de fora do Brasil pensar no nosso país e só lembrar das cenas de violência nos Morros Carioca e esquecer de tudo que existe além do que a mídia mostra.



Outro detalhe é o fato de toda a família estar ainda em estado, digamos, SURPRESOS DEMAIS de tudo ter acontecido tão rápido e eu estar embarcando em no máximo três semanas. A pouco mais de dez dias atrás eu ia ao trabalho, pensava na responsabilidade em aprender a filmar, quando iam começar as aulas, rever os colegas, estudar, fazer provas, os inúmeros projetos para o Grupo Escoteiro que tinha para o ano e que agora estão todos parados. Em seis dias decidi trancar a faculdade, me afastar dos escoteiros e sair do trabalho. Se eu realmente queria fazer intercâmbio e quando surgisse a oportunidade eu ia rejeitar? Magina...

Ontem, quando começavam as aulas na UCS, enquanto todos iam para o primeiro dia de aula do semestre, eu ia até o Protocolo e cancelava as cadeiras que havia selecionado para esse ano. Depois, enquanto devia estar na aula de Psicologia, estava no Escritório de Intercâmbio e em uma Agência de Viagens fazendo cotação de passagem aérea, seguro saúde, cartão travel money, carteira mundial do estudante e mais um mooonte de coisa. Sem contar que ontem fui atras de preços de notebooks. Resumindo, entre passagem, seguro saude e outros detalhes gasto uns R$ 2.500,00. E um note? Bom... se é pra comprar então que compre um que seja muuito bom e que me seja util no futuro, profissionalmente falando. Não sou de pensar pequeno, e graças a ajudinha dos vendedores que fizeram bem seu trabalho, minha mãe esta convencida em comprar um MacBook. Mas esse vou deixar para a semana que vem, apenas um detalhe, o MacBook sai mais caro que Passagem Aérea e documentação... E de onde sai todo esse dinheiro?? Bom, calcule que não vou fazer UCS por seis meses, era para começar Carteira de Motorista esse mês - um valor que ja estava garantido -, gastos com acampamentos e viagens escoteiras, ou seja, fiz uma troca. O que iria gastar normalmente, troquei por uma experiência que com certeza vai ser muito mais vantajosa. Vindo da UCS pra casa minha mãe comentou que após eu fazer a carteira ia pensar em trocar o carro, eu apenas disse: "mãe, gasta o dinheiro em viagem, estudo e trabalho que vou gostar muito mais do que em um carro novo". E eu não me importo realmente em ficar sem carro, computador, casa, desde que tenha um mundo inteiro esperando para ser explorado e eu tenha a oportunidade de fazer isso. (Bonita essa frase hein....) De muitos amigos e conhecidos que tenho, vejo em poucos essa vontade impulsiva de largar tudo e ir atras de novidades e experiencias do tipo. Eu adoro ser assim, meio louco. Hehe!

Então... hoje a documentação chega de Bogota para a UCS. De la para o consulado. Do consulado para o aeroporto. Reservei passagem para o dia 12, mas não faço ideia se vou nesse dia, pode ser antes ou depois. Podia ser depois, dai posso ir na primeira atividade dos escoteiros esse ano e passar o Aniversário da minha mãe em casa. E se for antes, bom já to preparando a mochila aos poucos. Esse domingo teve reunião do Mutirão Pioneiro lá no Grupo e ja aproveitei pra pegar cinco lenços caso eu não volte la antes de viajar. Porque independente de onde estiver, sábado é dia de escoteiro. Falando nisso, alguem conhece algum escoteiro de Bogotá e quer me passar o contato? =)

Hasta!

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Whiteout

Sabe o que significa whiteout? Então leia até o fim... (é provavel que eu tenha misturado duas historias, mas é irrelevante, só vai dar uma noção maior da situação e do local) Aah é uma história real, no final explico melhor...

Foi em 2003. Estavamos em três escalando uma montanha na Argentina. A última vila antes do primeiro acampamento base estava a 60km de distância. Contratamos uma Land Rover para nos levar até o início da montanha e ela só voltaria dali nove dias. Durante todo o caminho fomos ouvindo histórias das tribos indígenas que habitavam o local em tempos remotos. Certo momento o motorista parou e nos levou para conhecer o lugar onde elas viviam, lá vimos diversas pinturas nas pedras onde um dia foi o lar dos povos nativos. Toda a temática, o plano de fundo dessa aventura estava na cultura indígena. Até hoje não sei explicar se o que aconteceu foi fruto da minha imaginação, ou influência do que o motorista nos contou. Fizemos a subida da montanha e na primeira noite nem a barraca montamos. Nos abrigamos em uma pequena gruta, fizemos uma fogueira e deitamos dentro do saco de dormir. Temperatura de -10ºC. Foi então que, em mais de vinte anos de escalada, pela primeira vez tive uma visão...

Estava deitado dentro do saco de dormir, naquele momento em que o sono começa a chegar, mas ainda não estou dormindo. Vejo as sombras formada pela fogueira e ouço o crepitar da lenha próximo de mim. Quando fecho os olhos vejo um índio na minha frente que conmeça a falar comigo. Ele falava a língua dele, eu falava português, mas nós dois nos entediamos. Ele estava me dizendo para não continuar a subida da montanha, mas eu discuti com ele. Disse que havia vindo de Caxias, feito um longa viagem e que não ia parar agora só porque ele estava mandando. Porém, ele continuou a discussão dizendo que nós iríamos estragar a montanha, deixar lixo no caminho e que ele não podia permitir que isso fosse acontecer. Eu tentava convencê-lo, mas nada do que eu dizia adiantava. O estranho é que quando eu me mexia no saco de dormir e abria os olhos não via nada, apenas a fogueira. Sabe aquele momento em que estamos prestes a dormir e ficamos nos mexendo até encontrar a melhor posição? Então, era mais ou menos assim. O mais estranho é que não via eles como um holograma, uma forma branca como espírito, eles estavam ali na minha frente, como se fossem meus amigos em pé falando comigo.


Quando me mexia não via nada, no momento em que parava e fechava os olhos o índio aparecia. A discussão continuou por aproximadamente quinze minutos, até que apareceu um outro índio. O primeiro tinha aparência de um nativo idoso. Um senhor de idade, com características indígenas, como se fosse um homem do campo. O segundo já lembrava mais aqueles índios de filme americano, adornos na cabeça, uma roupa meio de couro, bem do tipo que estamos acostumados  a ver na TV. Esse segundo índio não dizia nada, era como se ele estivesse ali para me intimidar, a desistir da subida. E continuava a visão, eu abria um pouco os olhos e eles sumiam, voltava a fechar e eles voltavam a aparecer. Enquanto isso tudo ao meu redor continuava igual, meus amigos deitados em seus sacos de dormir, a fogueira acessa e o frio. Passado uns vinte minutos de discussão o indio não falou mais nada e fez um gesto com as mãos meio que dizendo, "pode ir, eu libero". Porém, eu fiz questão de pedir pra ele o que deviamos fazer, para que ele nos deixasse seguir sem nenhum problema, não queria transgredir nenhuma lei da montanha ou algo parecido.


Ele me disse que deveríamos respeitar a montanha e não deixar nenhuma sujeira ou algo que não fosse parte dela. Quando os dois desaparecerem eu acordei meus amigos. Contei pra eles tudo que havia acontecido e eles acreditaram. No outro dia quando acordamos não deixamos sequer um papel de bala ou um fio do saco de dormir no local. Seguimos a subida da montanha e durante a noite nos abrigamos em outra gruta e acantonamos ali mesmo. Aproximadamente 2.600 metros de altura a -15ºC. Quando saímos pela manhã deixamos lá uma garrafa de vinho que havíamos tomado durante a noite. Ela estava pela metade e precisávamos nos desfazer de alguns itens para continuar a subida, na volta iríamos pegar o material. Chegamos ao topo da montanha, porém ao descer nos deparamos com o fenômeno conhecido como whiteout, a parede branca, parede de neve. Tudo fica branco e não se enxerga nada em dez, quinze metros de distância. Descer se tornou uma tarefa perigosa, a unica coisa que nós três pensavamos era "a garrafa de vinho, deixamos na montanha".

O pior de tudo era que não tínhamos como saber onde estava a gruta em que havíamos dormido na noite anterior. Abrimos um espaço de 30 metros entre cada um na corda e fizemos uma varredura montanha abaixo para encontrar a gruta. Quando encontramos, a garrafa estava lá. Guardamos na mochila, esperamos um pouco e o tempo melhorou. Então começamos a descida e tudo terminou bem.

Fim!

Ouvi essa historia do meu instrutor de escalada. Enquanto descansava da subida que havia feito e ele começou a contar das viagens que já fez escalando na Argentina. Até que chegou nessa da vez em que ele falou com os índios. Tem gente que não acredita nesse tipo de fato, eu, assim como as outras quatro pessoas que ouviram ele contando acreditaram. (Foi o que senti ao menos, pelo o que pude perceber) Eu sempre gostei dessas histórias 'sobrenaturais', e pelo o que conheço do instrutor e da maneira que ele contou não acho que seja uma historia para nos impressionar. Se foi realmente uma visão, um aviso, e a whiteout que eles enfrentaram foi uma represália dos índios pela garrafa de vinho não sei. Quem sabe tenha sido o próprio cérebro que fez isso acontecer, frio, barulho da fogueira, histórias de índio... Já dizia Shakespeare, na peça de Hamlet, "Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia". O mundo existe, mas ele é muito maior do que vemos e sentimos. As vezes é bom, se for o caso, imaginar um pouco para usufruir o máximo dele. Se foi 'real', ou fruto da imaginação eu nunca vou ter como comprovar... eu acredito, mas também penso que isso tem muito a ver com aquilo que ouvimos, vivemos e acreditamos. Me coloco na mesma situação e é como estar cochilando na hora da ronda no acampamento, ouvindo o barulho apenas da fogueira e alguns galhos quebrando ao vento. E então pensar que esses galhos quebrando são na verdade duendes ou outros seres - imaginários para alguns, reais para outro - que estão curiosos querendo saber o que fazem aquelas pessoas acampando ali. O porque delas estarem em um local que 'eles' são os protetores. Há muita coisa entre o céu e a terra, abrir os olhos e imaginar, fantasiar, não faz mal a ninguém. Muito pelo contrário, são essas experiências que uma rotina de trabalho não vai lhe proporcionar. 

E falando em Whiteout, fica um dica de filme. Ontem mesmo ia passar na HBO mas era muito tarde e acabei indo dormir. Agora que vi o trailer vou cuidar para a próxima vez que passar... (3538) 


Ah vídeos agora no Tumblr. www.eusougabriel.tumblr.com