Já dizia Fernando Pessoa...


Às vezes me pergunto se há, dentro de mim, facilidade para escrever sobre sentimentos. Acredito que 75% dos blogs desse mundo sejam de pessoas muitos sentimentais que fazem das palavras uma extensão do seu coração (oooh que bonito... o.O). Podem ver pelo Blog mesmo, eu nunca fui muito de falar sobre esse tipo de assunto. Sou mais de falar sobre atos e fatos (não, não é sobre o Jornalzinho Interno da UCS ¬¬ Hehehehe!), com pitadas de humor, sarcasmo, ironia (que admito, nem sempre são as melhores). Mas graças a um fim de semana tenso refletindo sobre a vida, e, também, graças à novas companhias que transmitem esse sentimentalismo por osmose, cá estou eu falando de aah... sentimentos(?). Tá, chega de enrolação e vamos a um Post sobre... hum... sentimentos. Parece grande, mas o post é pequeno!


Parafraseando Galdino, Teatro Mágico.
"E Fernando Pessoa dizia que 'Toda carta de amor é ridícula, se não for ridícula, não é uma carta de amor'. Então aqui vai o Post mais brega e ridículo, justamente porque fala de amor, ou algo parecido.

Era um fim de tarde frio e cinzento nas últimas semanas de verão. Todos estavam calados olhando para o professor, este que falava sem parar já faziam duas horas. Ele estava debruçado sobre a classe, lutando contra o sono que teimava em atacá-lo. A sua frente seus amigos, mais desanimados do que ele. Todos esperando o momento em que o monólogo cessaria e todos pudessem caminhar e fazer o sangue circular. Foi em um dos poucos momentos de descontração, em que as pessoas mudaram suas posições na cadeira, em que ele pode perceber aquela garota sentada escorada na janela. Ele não havia percebido sua presença no local antes disso. Ela estava quieta, olhando para o professor com aquela cara de “ok, ok, agora pode liberar para o intervalo?”. Ele tinha que admitir para si mesmo, foi apenas um olhar, nem mesmo uma troca de olhar. Mas já foi o bastante para que ele pensasse nela. Naquele seu jeito de menina quieta, estudiosa, e que mais tarde iria descobrir ser muito mais do que isso. No outro dia, ele sentou separado de seus amigos, e atrás dele, sentou ela. Trocaram algumas palavras, nada muito interessante, afinal eram sobre o conteúdo que estava sendo estudado. Porém foi o tempo necessário para que ele percebesse mais características dela que começaram a torná-la diferente. Seu modo de vestir-se, a letra com que escrevia, a maneira com que ajeitava seu cabelo, o sorriso, o olhar... Os dias continuaram a passar e começava outra semana, trocaram algumas palavras, agora já se conheciam um pouco melhor e faziam os tramites legais da cordialidade tais como cumprimentos e olas. Essa semana passou como qualquer outra, as pessoas na turma começavam a se conhecer melhor, e aos poucos iam trocando endereços, telefones, twitter's, msn's... Começava aí um contato mais direto entre eles, o início de uma amizade talvez. Aula, interesses em comum, uma letra de música, uma risada aqui ou acolá... Conversas que, com ou sem nexo, divertiam ambos, pelo menos ele pensava assim. Foi em uma aula, após algumas noites acordados até tarde falando sobre o que viesse na cabeça, que os amigos dele começaram a perceber algo de diferente. Ele também sentiu isso, sentiu algo de diferente, bem como diria em uma das músicas da qual eles haviam conversando 'Saw so many pretty faces before I saw you, now all i see is you'.
Ele percebeu, que cedo ou tarde, aquilo poderia acontecer, ele não parava de pensar nela. Seja pelo seu jeito exterior, mas principalmente, interior. Seu jeito meigo de ser, de falar, seus devaneios mentais que retratavam a vida de uma adolescente comum que têm duvidas sobre o ser ou não ser, sobre o crescer e amadurecer. Questões que ele já tinha bem resolvidas na sua cabeça e que certas vezes se divertia às custas do jeito dela. Aquele sorriso sempre tão divertido, o olhar sempre com brilho. Detalhes que, com certeza, só ele notava, ou então, ele mesmo criava na sua definição de garota perfeita. Porque se tem algo que qualquer pessoa não tem noção quando está apaixonado é o limite para seus próprios devaneios mentais. Mas daí então ele começou a se perguntar, 'quando percebe-se que começamos a nos apaixonar por alguém?' ou então 'quem já conseguiu dominar o amor?' e 'porque a gente nunca sabe de quem vai gostar?' Frases que volta e meia vinham de sua cabeça, ou então de letras de músicas que tocavam repetidamente em seus fones de ouvido. Vários dias se passaram desde a primeira vez em que a viu, agora risadas e trocas de olhares eram mais comuns do que antes. Ele demorou para admitir para si mesmo que o que sentia por ela era diferente de amizade, mesmo sabendo disso após alguns dias de conversa. Certa noite, já no outono, ele saiu da aula pensando 'can anybody find me somebody find to love?” ele acredita que sim, e espera que outros também pensem como ele. O único detalhe que ele não sabia era se, a essa altura, os sentimentos dele por ela eram recíprocos. Ele só sabia que se tivesse a chance de dizer uma frase para ela seria essa 'espero que o fim da tarde venha com você.”


Caaaara... reli tudo e juro, nem parece que fui eu que escrevi. o.O To assustado! Mas já são 03h30 da madrugada. Vou indo dormir. Comentem aqui se conseguirem, ou me mandem um twett, ou scrap, ou me falem ou façam de conta que não leram. xD E quem descobrir todas as musicas que citei no texto ganha um pirulito. Boa Noite! ;)

Historia de Canion

Está lá você, cochilando ao lado da fogueira, com um chimarrão entre as mãos e o cobertor ao redor do corpo. Ao seu lado toda a Tropa está deitada uns nas pernas dos outros dormindo que nem pedra. O vento está fraco e não faz barulho algum. A única coisa que você ouve é o barulho da água fervendo na sua frente. As estrelas brilham, o céu está lindo e tudo ao seu redor parece estar parado. Só seu coração que bate e as brasas que queimam. De repente você ouve um barulho... Aquele barulho de galho quebrando. Você se vira rapidamente para trás a procura de alguém. Nada... Escuro. Novamente você ouve o barulho de galho quebrando exatamente atrás de você. Você se vira e não vê nada... Escuro. Apenas a luz do fogo que ilumina um pequeno espaço que é onde está a Tropa toda deitada. Você fica nervoso, ouve seu coração batendo rapidamente, sua respiração fica ofegante e ao longe, mas bem ao longe, ouve o barulho de um cavalo a relinchar. Você arregala seus olhos procurando enxergar o lugar de onde veio o barulho e nessa hora a fogueira apaga-se com um forte vento que passou bem pelo local do acampamento. Esse vento gela até a ponta do seu dedão, mesmo que você esteja usando uma bota da Snake. Tudo fica completamente escuro, nenhum som, nenhum vento, nenhuma luz. Apenas você ali, sozinho, em pé, sem saber para onde ir, esperando algo acontecer. Você tem medo de andar para frente, pode pisar em alguém da Tropa. Se você gritar pode chamar atenção de animais indesejáveis. Se você ficar em pé vai tremer tanto que vai acabar se mijando nas calças. Você não sabe o que fazer. Passado dois minutos que pareceram uma eternidade você ouve o barulho de um motor, só que muito, muito, muito longe de onde vocês estão acampados. Olha para todos os lados, mas não consegue enxergar nada. Se pelo menos houvesse a lua para lhe mostrar alguma coisa. Mas nem isso você teve sorte. De repente você nota que sua sombra começa a precipitar-se na sua frente e ao se virar ve que há uma enorme luz subindo por dentre a fenda de um dos cânions que abrem-se mais a frente. Aquela luz ilumina todo o vale e quanto mais sobe mais forte ela fica. De repente ela para no céu, vira a direita e sai voando, muito rápido, mais rápido que qualquer avião que você já tenha visto. Sai voando e em apenas dez segundos ela já está tão distante que acaba confundindo-se com uma estrela no céu. Você fica pasmo com aquilo e fica sem reação durante vários minutos. Novamente estava você ali sozinho no escuro, tudo completamente parado e você sem saber o que fazer. Outra vez ouve o barulho do cavalo a relinchar, só que dessa vez você sente que o barulho vem se aproximando. Em alguns minutos vê ao longe um cavalo e um homem vindo correndo na direção do acampamento com uma lamparina amarrada no pescoço do cavalo. Logo que o homem chega perto de você ele pergunta: "Oh guri! Que que aconteceu aqui tchê??" Você não sabe o que dizer, está confuso e assustado. O Homem repete: "Guri! Desembucha piá!! O minuano corto tua língua?? Tu viu aquela luz??? Para onde ela foi??" Você estica o braço, tremendo, e aponta na direção que a luz saiu voando. O homem joga a lamparina na fogueira e o fogo nasce novamente. Logo após ele sai correndo na escuridão, exatamente na direção em que a luz foi. E você grita: "Senhor!! É perigoso andar no escuro...." e ele, já ao longe, responde "Calma guri, gaúcho que nem eu não tem medo do escuro. Conheço essa terra melhor que o corpo da minha mulher..." E a voz foi se esvaindo conforme o gaúcho ia se afastando do campo. Você volta para a fogueira, branco, assustado, tremendo, suando frio, no caminho chuta um de seus amigos e ele fala. "Bah! Vai dormi e para de ficar apagando e fazendo esse fogo..." Você deita-se ao redor da fogueira, olha para o céu e vê que nas estrelas está formada uma constelação em forma de homem. Nessa hora se lembra que aquela é a Constelação de Orion, o cavaleiro. Quem sabe, protegido pelo cavaleiro, pelo gaúcho, agora você possa dormir melhor. Vai acordar no outro dia e saber que tudo aquilo foi um sonho. Mas será que pode ter sido só um sonho...



Bom... Espero que tenham gostado desse pequeno conto que escrevi. Ele serviu para atiçar a mente de vocês a imaginar o que pode ter sido aquela luz misteriosa. Alguma sugestão? Bom olhem aqui nesse link que pode matar a curiosidade de vocês de onde tirei a inspiração para esse conto. O último texto do link... http://stech.com.br/tmp/www.aparadosdaserra.com.br/hl.html



É será que lá existem ET's? Será que lá é como no Triângulo das Bermudas? Será que lá existe uma passagem secreta para a civilização perdida que vive no subterrâneo do Brasil? Será que lá existem tesouros Jesuítas? Será que lá existe a entrada para outra dimensão? Só sei que tem certos lugares que tem tanto magnetismo que bússolas e aparelhos eletrônicos não funcionam... Mistério!


É um lugar cheio de mistério isso não podemos negar. Que dá medo dá. Mas que vale a pena ir, VALE! Tomare que não aconteça nada com a gente seja místico ou até mesmo físico. Nós podemos pedir para um lobinho rezar e falar "Vamos pedir que ninguém se machuque e faça um bonito dia de sol." É isso já tá mais do que bom!

Post retirado do Blog da TSX de Junho de 2008! ;)

Preciso de Alguma Coisa que não sei o que é

To aqui sentado na frente do PC. Ouvindo Leighton Meester - Your Loves A Drug. Olhando pela janela vendo aquele prédio azul que tem no Panazollo. E no meio do caminho um predio em construção que tapo a visão da São Leopoldo... ¬¬ E eis que eu não ia vim escrever, porque eu não tenho o que escrever. Ou até tenho, mas não sei bem o que é. Poderia falar sobre a Festa da Uva, sobre a UCS, sobre o assassino do Glauco que diz ser Jesus, sobre o clipe novo da Lady Gaga, sobre a separação da Daniele Winits... Mas tem certos assuntos que necessitam uma concentração maior para escrever e é isso que eu acho que ta me faltando... CONCENTRAÇÃO. Sei lá, eu to tentando achar algum exemplo, alguma metáfora pra tentar explicar mas não consigo! :'( É como seu eu tivesse precisando de alguma coisa mas eu não sei o que é! Mas dai eu paro, penso, olho tudo que eu tenho aqui e percebo que não me falta nada! Não é nada material, não é nada sentimental, é algo meio... meio... não sei!



Hum... é... tipo... BOB ESPONJA!

É uma daquelas sensações de que eu tenho algo pra fazer, mas não sei o que é. Aquilo que para mim um dia era diversão, passatempo, DO NADA, transformou-se numa espécie de obrigação pra mim mesmo, por exemplo, escrever no Blog. Eu gosto de escrever, amo escrever, mas fiquei tanto tempo sem escrever, com tantas idéias na cabeça, que é como se tivesse acumulado tudo e agora na hora de sair, NÃO SAI! É uma questão de saber organizar o tempo, ou melhor, APROVEITAR O TEMPO. Mas tem vezes que isso é tão dificil... Ainda mais quando se tem muito tempo livre. A impressão que dá é de que quanto mais tempo livre se tem, mais dificil fica utiliza-lo de maneira proveitosa e util. Por mais que eu me estipule horarios, não consigo segui-los. É uma... merda! Esse ano esta passando em períodos de duas em duas semanas... As duas primeiras semanas do ano eu fiquei em casa, as outras duas na praia, a outra em casa, a outra foi a do Camporee, as outras quatro foram da Festa da Uva e as ultimas duas de aula, e agora eu paro e percebo que o que me falta é... exatamente fazer algo.



'tik tok on the clock but the party don't stop'

Me sinto como o Coelho Branco do Alice no País das Maravilhas cantando Ke$ha! Afobado, sempre atrasado, mas dai a pergunta é a seguinte. Como consigo estar atrasado, afobado, se não faço NADA! Admito, me sinto uma pessoa completamente INUTIL! Por sorte eu tenho a aula pra me distrair, caso contrario eu seria mais um daqueles idosos aposentados que passam a tarde vendo Video Show, Vale a Pena ver de Novo, fazem a pausa pro café da tarde, depois Malhação e vão assim até a hora do Big Brother! Mas a questão não é o fazer nada, mas sim a sensação incomoda de que eu poderia estar fazendo alguma coisa. E outra coisa que me incomoda, tipo nesse exato momento, é a falta da inspiração, da criatividade que, ultimamente, eu to sem! Por exemplo, esta dificil encontrar palavras certas para serem usadas, odeio usar a palavra COISA. Como diria o Professor Mauro de Redação que eu fiz umas seis aulas ano passado, COISA É CU DE CACHORRO! Sabe porque? Porque assim: me explica o que é cu de cachorro? Agora me explica o que é coisa? Me dê a definição de coisa? Coisa é uma coisa que a gente escreve quando não encontra palavra certa pra falar de alguma coisa! Não deve-se usar o termo 'coisa' em textos, assim como não deve-se utilizar o termo 'cu de cachorro' em textos. Não cai bem.



Que 'coisa' hein! He-he-he!

Eu sempre digo que essa 'crise existencial' que me dá de vez em quando é falta de uma única sensação, que pra mim é a melhor que existe. A sensação de estar acampando. É a falta de acampamento, de estar no meio do mato, cheirando fumaça, comendo e dormindo mal, mas acima de tudo, fazendo o que eu AMO. Amo essa palavrinha maldita! Eu vejo tanta gente usando no nick do MSN! 'Fulano te amo', e dali tres meses ta escrito 'Ciclano te amo'. Aaah por favor... Porque como diria o Velhas Virgens, "Amor não é uma coisa que te tira do chão e te transporta para lugares onde você nunca esteve: O nome disso é avião / Amor não é aquela coisa que tira sua respiração e sua fala e te deixa totalmente sem ar: O nome disso é asma!" Amor é algo que tu tem que usar só quando tiver COMPLETA CERTEZA daquilo que... que... tu sente. E nesse momento percebo que to fazendo um texto muito insano e com caracteristicas sentimentalistas tipo as dos Blogs das minhas novas colegas de Jornalismo. Até ontem uma delas me pediu: "
morreu afogado no meu sentimentalismo?" e eu com meu humor eusouogabriel respondo: "nao eu sempre carrego uma bóia comigo (aaah péssima)" pelo menos admiti que foi péssima...




Essa bóia na velocidade da luz... (aaah! péssima again!)

Ta onde eu queria chegar, eu não sei. Bom... esse fim de semana tem acampamento, e isso é algo que eu amo. Quem sabe depois do Fogo de Conselho, 'sentado na roda de uma fogueira, a noite esta fria, mas brilham as estrelas, nova emoção toma conta de mim...' que nem diria na música Roda Fogueira lá do Grupo, eu volte a um estado normal de ser, estar, permanecer e os demais verbos de ligação. Ha-ha-ha! Agora vou tentar lidar novamente com a maldita da impressora que não quer funcionar e mais tarde ir pra UCS ensinar Sociologia pros coleguinhas amados que não prestam atenção na aula. Quem sabe o que me falta seja só isso, um acampamento.

Músicas legais que ouvi enquanto escrevia essa coi... texto!

Leighton Meester - Your Loves A Drug



Teatro Mágico - O Tudo é uma Coisa Só


Daft Punk - One More Time