Outro trabalho feito em cima da hora... devia ter feito domingo e fiz agora, na hora da aula... sim, escrevi o texto inspirado na experiência do Mutirão Pioneiro do último fim de semana! xD Leia aqui sobre ele! O trabalho é uma analise sobre o Filme O Jardineiro Fiel (detalhe que o filme é muito chato, eu cochilei enquanto via e escrevi esse texto sem lembrar o nome dos personagens principais, muitas emoções...) 2192
Universidade de Caxias do Sul
Língua Portuguesa CSI 56-57
Gabriel Rodrigues
O Jardineiro Fiel
A África está abandonada. Tem quem ainda invista nela: os aproveitadores e os benfeitores. Infelizmente, onde um está, atrapalha o trabalho do outro. O Filme o Jardineiro Fiel mostra os dois lados dessa moeda chamada ‘Ajuda à África’, de um lado o governo inglês que tem como objetivo garantir o tratamento de saúde para os africanos e de outro a solitária benfeitora dos mais necessitados. Mesmo que ela fizesse o seu melhor possível para garantir uma vida digna e investigasse todos os podres que aconteciam no meio onde estava, vence sempre aquele que possui mais influência, e porque não, dinheiro. Nesse caso, o governo.
O interessante a pensar sobre esse caso não é a relação que o mundo e a política externa dos países ricos possuem com o continente africano, mas sim o porquê desse tipo de relação ainda acontecer. Enquanto o Japão e a Ilha de Manhattam brilham nos mapas noturnos, a África é uma mancha preta no centro do mapa mundi. Países super desenvolvidos esquecem que na África ainda existem tribos indígenas no melhor estilo homem das cavernas.
E é ai que entra a questão de valorizar aqueles que nada têm. É muito fácil dizer da boca pra fora que na África não tem luz, saneamento, educação... mas se pararmos para pensar no Brasil isso também não existe. Comunidades do interior do Rio Grande não tinham luz até 15, 20 anos atrás, as maiores favelas de São Paulo não possuem saneamento, faltam creches nas principais metrópoles do país.
Por isso acho que discutir os problemas apresentados em um filme que fala sobre a questão farmacêutica e o abuso de poder no continente africano é algo que, de primeiro momento, não devemos nos preocupar. Claro que são assuntos pertinentes e de interesse mundial, não digo isso menosprezando a população africana. Digo isso porque, a meu ver, se gasta tanto tempo falando de coisas tão longe de nós que seria muito mais útil se todos sentassem em uma mesa e discutissem sobre os problemas da nossa realidade.
Não é só a África que está abandonada, milhares de praças, parques, crianças, idosos, estão a mercê das horas que passam no relógio sem que nós não façamos nada em prol deles. O filme traz uma ótima reflexão sobre como anda a vida lá pela terra dos crocodilos e elefantes, mas quem sabe seja melhor analisarmos como anda a vida na terra das araras e das onças pintadas. Não precisamos ir até a África para nos depararmos com miséria, pobreza, fome, falta de educação, saúde, higiene, qualidade de vida...
Afinal, não vamos nos fazer de bobos, não é de hoje que os principais investidores e ‘benfeitores’ da Amazônia não são brasileiros. Não é de hoje que se lê que existem tribos indígenas que respeitam mais os ‘gringos’ do que o próprio governo brasileiro. Falar sobre a África é importante, mas não é preciso atravessarmos um oceano para nos depararmos com abuso de poder e a prática de má condutas com os que nada têm.